Falar da Filarmónica União sertaginense e a sua fundação é um pouco difícil.
Se olharmos para os estandartes nela existentes e verificarmos datas, poder-se-à pensar que foi fundada em 01 de dezembro de 1830, mas se lermos o que o Almirante Tasso de Figueiredo escreveu num opúsculo editado em 1906, a realidade poderá ser outra, pois nele fala da Philarmónica Patriota Certaginense, cuja existência seria secular, e da Sociedade Musical Recreio Artista, cuja fundação era mais recente. Existiam, pois, em 1906, duas Filarmónica na Sertã, as quais em dia, ao virem de uma festa, se envolveram em desacatos. Este episódio acabou por dar origem à fusão das duas, de que nasceu a atual Filarmónica União Sertaginense. A F.U.S. tem atuado em vários pontos do país, em especial nas regiões centro e norte do país, e ainda na ilha do Pico (Açores) abrilhantando festas populares, festivais de bandas e concertos públicos e ainda concertos na FIL em Lisboa. Num passado teve um Grupo de Música Portuguesa e uma Orquestra Ligeira. Hoje, totalmente rejuvenescida, conta com cerca de 45 elementos, com uma média de idades de 16 anos. Interpreta a mais variada música e os mais variados projetos, variando o seu repertório num curto espaço de tempo. Depois do trabalho realizado por inúmeros maestros nos últimos anos, alguns deles chefes de banda militar, a banda teve necessidade de renovar o seu espírito de trabalho e realizar novos e tentadores projetos, para isso lançou recentemente um concurso público de candidatura para esse efeito, tendo vencido pela sua experiência profissional o jovem maestro Victor Feitor tendo revelado provas de toda a sua capacidade de trabalho. A FUS participa ainda em concertos temáticos e diversificados, festas e romarias, intercâmbios com outras bandas e estágios. De salientar que atualmente frequentam o Conservatório de Música cerca de 15 elementos e outros passaram por estudos superiores de música e seis passaram por conservatórios regionais de música. O seu trabalho desenvolvido nos últimos anos, permitiu a passagem para a lista das 20 melhores bandas da zona centro e ser reconhecida no panorama de Bandas Amadoras, sendo esta colectividade Sertaginense a mais reconhecida em Portugal. Em dezembro de 2008 venceu o prémio da SIC "A Nossa Terra Quer" no distrito de Castelo Branco, com o projeto da criação de um Conservatório de Música , que revolucionará o ensino da música na região do Pinhal Interior. Tem atualmente uma Academia de Música, Artes e Espectáculos da Sertã (AMAES), com cerca de 47 alunos, que asseguram a continuidade da sua Orquestra de Sopros num futuro a longo prazo. Esta coletividade é mentora da Big Band FUS. |